Das marcas dos impressores ao logotipo
A palavra logotipo surge da designação dada, por tipógrafos, aos conjuntos de caracteres (normalmente dois) que se reuniam dando origem a um novo tipo ou forma (logotipo de chumbo) com o desenho invertido que servia para a impressão de textos. Estes logotipos surgem, de acordo com alguns autores, provavelmente ligados aos caracteres associados como ae, ee, ss, etc.
Pouco depois da introdução na Europa "(...) da arte de imprimir, surgiu entre os impressores o costume de usarem, por baixo da indicação da sua acção na composição do livro, uma gravura com um emblema ou desenho, simbólicos da sua arte, do seu nome ou dos seus antepassados(...). O emprego de marcas distintivas, para se identificar a posse dos bens móveis, ascende a remota antiguidade - mesmo até aos tempos pré-históricos. Na Europa, as marcas de traficantes em fardos e em pacotes de mercadoria eram vulgares no séc. XIII e provavelmente já em época anterior. Fácil foi a transição da marca ou emblema de identificação de propriedade para a marca comercial que servia para determinar a origem dos produtos que eram objecto de comércio. Parece certo que os impressores adoptaram esta ideia de marca de fabrico."(*)
Actualmente, as empresas ou instituições são identificadas por logotipos, normalmente associados a um símbolo. Designamos com frequência de forma um pouco incorrecta este conjunto, de símbolo e logotipo, apenas por logotipo. Usado em correspondência e documentação diversa como forma de identificação, numa sociedade que é cada vez mais uma sociedade da "imagem" que dá cada vez mais importância à imagem, nos seus diversos sentidos, como forma fundamental de comunicação. Tranformou-se assim o logotipo no primeiro sinal de identidade de qualquer organização, revelando muitas vezes, para além da actividade de determinada empresa ou corporação, a própria filosofia da instituição, a sua mais profunda identidade, a sua marca.
François Juste, 1535
(*) MCMURTRIE, Douglas; "O Livro", Edição: Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa 1997. - Pág. 309.
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