Os primeiros passos da industrialização e das alterações nas fórmulas ancestrais de exploração agrícola, deram-se, como é geralmente aceite, na Inglaterra do séc. XVIII.
Tendo um papel fundamental em todas as posteriores transformações económicas e sociais, o comércio marítimo tende, desde os "descobrimentos", a desenvolver uma mentalidade mercantilista, mais tarde capitalista. Neste período, de 1715 a 1763 a intensificação das importações de algodão do Oriente e da América provoca uma concentração comercial acelerada."*
Antes mesmo de todo o mecanismo que se vai desenvolver em seguida, formam-se, sobretudo nas cidades portuárias, grandes armazéns e oficinas, pelos mercadores, agora mercadores-fabricantes, em detrimento dos artesãos dispersos pelas aldeias, estas oficinas comportam já uma divisão do trabalho [porque a destreza adquirida pelo operário em cada uma das operações do processo da indústria da lã, fá-lo produzir muito mais e melhor durante o mesmo tempo de trabalho, o que reduz substancialmente o preço do custo da peça final. Podendo falar-se (mesmo sem mecanismos), do início da produção em série.
["Adam Smith descreve uma pequena fábrica de alfinetes que comporta dez operários e que fabrica 48 000 peças por dia, sem máquinas, sendo cada operário especializado em uma ou duas das dezoito operações em que se decompôe o fabrico de alfinetes."]
*PILLORGET; Suzanne: "História universal", vol 9. Pág. 198. Publicações D. Quixote.
Fig.1- Manufactura têxtil. "Ociosidade e actividade", 1747.
Reprodução digital de gravura.
Hogarth.
Fig.2- Comércio com a América - Índios na Louisiana.
Reprodução digital de gravura.
Paris, B.N.
Fig.3- O pequeno Mozart tocando cravo.
Reprodução digital, gravura de Delafosse.
Paris, Biblioteca Nacional.
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